Tudo o que as lavouras de trigo gaúcho não precisam neste momento é de geada seguida de chuva em excesso. Em bom desenvolvimento até agora, recuperada de problemas no plantio, a cultura é ameaçada novamente pelas condições climáticas.
Além da geada prevista para este fim de semana, incluindo a região produtora no Norte, prognósticos apontam para a próxima semana precipitações superiores a cem milímetros – quase a média estadual para o mês de setembro.
– Cerca de 80% das lavouras estão no período de floração e enchimento de grãos, fases muito sensíveis à geada e à chuva intensa – explica o agrônomo Gian Franco Bratta, da gerência de planejamento da Emater.
O orvalho congelado, explica Bratta, pode até mesmo matar as plantas, que suportam a condição extrema apenas na fase vegetativa. Já a chuva em excesso prejudica a formação dos grãos e a polinização.
A preocupação não é apenas com o trigo, mas também com as lavouras de milho que já foram plantadas – 32% da área prevista, conforme informações divulgadas ontem pela Emater.
– A geada poderá ser fatal para as plantas que estiverem mais avançadas, semeadas entre o fim de julho e o começo de agosto – completa Bratta.
Conforme prognósticos da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), a passagem da massa de ar polar será rápida, dando lugar para altas temperaturas seguidas de fortes precipitações. O forte volume de chuva, segundo o meteorologista Glauco Freitas, já é influência do fenômeno El Niño.
– A atuação do fenômeno deverá ser de moderada a forte, com chuva concentrada em curto período de tempo – explica Freitas.
Divisor de águas para a safra de inverno, o mês de setembro não tem deixado saudade aos produtores gaúchos. No ano passado, o excesso de chuva comprometeu mais de 50% da produção de trigo. Se confirmada novas perdas agora, será mais um revés para desestimular o produtor a investir na cultura.
O MINISTÉRIO da Justiça criou um grupo de trabalho para tentar solucionar os conflitos agrários envolvendo povos indígenas no país. Os integrantes terão 90 dias para produzir relatório com propostas.
PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PROTEÍNA ANIMAL (ABPA), FRANCISCO TURRA FOI REELEITO VICE-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE AVICULTURA (ALA). A NOVA DIRETORIA FOI DEFINIDA EM CONGRESSO EM GUAYAQUIL, NO EQUADOR.
Entre as vantagens oferecidas pelas revendas de máquinas agrícolas para convencer o produtor a fechar negócio, uma é certeira: serviço pós-venda. Pesquisa recente realizada com produtores do Sul, Centro-Oestre e Matopiba mostra que a assistência depois da compra é considerada fator determinante na escolha dos produtos.
Mais da metade dos entrevistados responderam que a tecnologia não é mais o diferencial preponderante, já que as marcas apresentam funcionalidades semelhantes.
– A principal preocupação é ter a segurança de que eventuais problemas com o maquinário na lavoura sejam sanados – destaca José Braccini, diretor-executivo da Agrobiz, consultoria que realizou a pesquisa com 120 agricultores de médio a grande porte.
A relevância do serviço pós-venda é explicada pela necessidade de o produtor aproveitar as janelas de plantio e colheita.
– A empresa que não tiver um pós-venda eficiente, venderá uma vez só – confirma Claudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas (Simers).
Eficiência, conforme Bier, significa assistência imediata no pós-venda e rápida reposição de peças quando for preciso.
– De nada adianta a máquina ter alta tecnologia se nos momentos cruciais o produtor não contar com assistência – completa.
Não é só no Rio Grande do Sul que a área de milho irá encolher na próxima safra. Na Argentina, a safra 2015/2016 deverá ser 23% menor na comparação com o ano passado, conforme a Bolsa de Comércio de Rosario. A projeção é de 3,3 milhões de hectares. Os motivos apontados pelos produtores argentinos para abandonar a cultura são bem parecidos aos dos gaúchos: migração para a soja e altos custos de produção. No Rio Grande do Sul, a área de 779 mil hectares a ser cultivada na próxima safra, 9,7% inferior à de 2014/2015, é a menor desde a década de 1970.
OS RUMORES de extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário voltaram a ser amenizados pelo titular da pasta, Patrus Ananias. Em comissão na Câmara, ontem, garantiu que não foi sondado pela presidente Dilma Rousseff sobre a medida.
Fonte : Zero Hora
Fonte: Ricardo Alfonsin